quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dias de chuva


O vento que uiva lá fora e a chuva que cai.

Há um tempo atrás, a sonoridade da tempestade me trazia medo!

Hoje em dia, ela é tão comum...

Como pode minhas sensações mudarem tanto?



Hoje a chuva me molhou todo,

E nem mesmo os raios e os ventos fortes me assustaram.

Cheguei molhado e simplesmente me sequei,

E continuei meus afazeres como se nada tivesse acontecido.



Será que eu estou acostumado a tomar chuvas fortes?

As vezes penso que sim,

Pois nem mesmo quarda-chuva ou capa eu uso mais.

Eu prefiro me molhar todo do que ilusoriamente me manter seco.



Mas sabia que, às vezes quando eu me molho

Eu desejo chegar em casa e ter alguém me esperando,

Com uma toalha para me enxugar,

Ou com um cobertor para me aquecer?



Eu acho que é por isso que eu me molho,

Esperando ter ou chegar em algum lugar.

As vezes eu vou tão longe, para ter coisas tão simples,

Mas se eu ficasse parado, quem sabe nem as coisas simples eu teria.



Lá vem outra tempestade agora, e eu preciso sair.

Por favor, se alguém ler esse recado,

Deixe uma toalha em cima da minha cama e encoste a porta depois,

Pois eu vou chegar todo molhado, querendo me secar mais uma vez.


                                                                                              Jairo Brasil

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